Seu segundo livro de poemas, Canções, é lançado em 1946, pela Editora Globo, com ilustrações de Noêmia. O salto decisivo que Quintana empreende nesse livro, em termos formais, consiste na utilização do verso livre e na ampla gama de poemas escritos em verso branco, ou seja, com métrica, mas sem rima. Boa parte desse influxo advém da poesia modernista, com a qual Quintana, em certo sentido, afina sua escrita.
Na obra, Outros aspectos fomais que o autor empreende são: técnica poética, recursos poéticos e revelação de um humor mais sutil. Um certo desencanto e melancolia também fazem parte dela. As mudanças de ordem temática observadas são a inspiração popular e uma visão de mundo espiritualista ou neo-simbolista.
Como assinala Gilda Neves Bittencourt no prefácio de Canções, diferentemente de A Rua dos Cataventos, o poeta deixa-se levar "mais ao sabor do próprio poema, permitindo que ele o conduza pelos caminhos da sonoridade e da dança, explorando inclusive o espaço gráfico e desligando-se do conteúdo significativo em favor do elemento sonoro dos versos".
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