“Porque o reino do poeta... bem, não me venha dizer que não é deste mundo. Este e o outro mundo, o poeta não os delimita: unifica-os. O reino do poeta é uma espécie de Reino Unido do Céu e da Terra.”

Mario Quintana

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Conhecendo a obra: Canções

            

 


Seu segundo livro de poemas, Canções, é lançado em 1946, pela Editora Globo, com ilustrações de Noêmia. O salto decisivo que Quintana empreende nesse livro, em termos formais, consiste na utilização do verso livre e na ampla gama de poemas escritos em verso branco, ou seja, com métrica, mas sem rima. Boa parte desse influxo advém da poesia modernista, com a qual Quintana, em certo sentido, afina sua escrita.
Na obra, Outros aspectos fomais que o autor empreende são: técnica poética, recursos poéticos e revelação de um humor mais sutil. Um certo desencanto e melancolia também fazem parte dela. As mudanças de ordem temática observadas são a inspiração popular e uma visão de mundo espiritualista ou neo-simbolista.
Como assinala Gilda Neves Bittencourt no prefácio de Canções, diferentemente de A Rua dos Cataventos, o poeta deixa-se levar "mais ao sabor do próprio poema, permitindo que ele o conduza pelos caminhos da sonoridade e da dança, explorando inclusive o espaço gráfico e desligando-se do conteúdo significativo em favor do elemento sonoro dos versos".

Nenhum comentário:

Postar um comentário